19 julho 2013

Missão San Francisco: O trânsito

 Aqui estou eu, dentro de uma aeronave da Delta Airlines, a caminho de San Francisco, California. Nunca estive na cidade e confesso que o pouco que conheço, devo a fotos, documentários e filmes que se aproveitam da topografia das ruas para protagonizar cenas de perseguição policial. 
 
Este voo, que começou em Detroit, Michigan é a última etapa de uma pequena maratona que começou no dia anterior, na minha querida BH.

A primeira postagem deste viajante que vos escreve não trata, portanto, de paisagens, pontos turísticos, pessoas e eventos. A verdade é que uma grande viagem começa sempre com a programação de logística, cuidado que deve ser redobrado em tempos de manifestações, fechamentos de estradas e obras de adequação para a Copa do Mundo de 2014. Vamos ao relato:

Belo Horizonte

Podem me chamar de pão duro, mas preciso dizer que taxi é algo que inexiste na minha realidade, salvo em caso de emergência ou apocalipse zumbi. Para pegar um avião, na impossibilidade de pernoitar o carro no estacionamento (em caso de viagens curtas) ou ganhar uma carona, sempre opto por fazer uso da chamada “Conexão Aeroporto”, o serviço de ônibus que une a região central de Belo Horizonte ao aeroporto de Confins.

Devo confessar que o serviço funciona satisfatoriamente bem. (Uma dica é pegar o app Conexão Aeroporto para smartphones, que fornece os horários, preços e duração das viagens feitas pela Expresso Unir, responsável pelo serviço). Peguei o metrô até a Estação Lagoinha e, na rodoviária, comprei a passagem para a linha convencional, que, em determinados horários, trafega pela Avenida Antônio Carlos e, em outros, pela Avenida Cristiano Machado. Se tudo de certo, você não demorará mais do que uma hora para chegar ao aeroporto.

Meu primeiro trecho da viagem não apresentou contratempos. Às 17h30, meu check-in já estava feito e minha bagagem despachada. Já no guichê da Gol, recebi três cartões de embarque e fui informado que os sistemas da empresa eram integrados com o da Delta Airlines, o que dispensariam novos check-ins.

São Paulo

Ao chegar em Guarulhos, por pura intuição, decidi procurar o balcão da Delta, que estava encerrando as atividades, e descobri que deveria trocar o cartão de embarque da Gol por um emitido pela companhia área. A experiência de viagem me ensinou que não custa nada averiguar tudo, pelo menos duas vezes, e este cuidado fez com que eu não perdesse ou atrasasse a viagem.

Cartão de embarque em mãos, pulemos para os detectores de metal. Se quiser ganhar tempo, considerando que a próxima fila pra checagem de passaportes pode estar enorme e lenta, já fica a dica: retire cintos, se eles tiverem metal e, caso esteja carregando um notebook na mochila, coloque-o em uma bandeja separada. 
Detroit

Mente quem diz que não cansa. Foram 10 horas de viagem, mas não há como negar que estar a bordo de um  avião com sistema individualizado de entretenimento e uma lista infindável de filmes, seriados, musicas e jogos, torna tudo muito, muito mais fácil. 


A chegada ao aeroporto de Detroit foi tranquila, com exceção da fila para a imigração, que estava fluindo bem menos do que a São Paulo, em decorrência do número reduzidíssimo de funcionários (apenas quatro). Meu processo de averiguação para entrada no país foi assustadoramente rápido e deve ter durado não mais do que dois minutos. Nesse momento, não existe segredo. Preencha todos os formulários com cuidado, tenha o passaporte em mãos e traga consigo uma cópia de sua reserva de passagens de ida e volta. Ao ser peguntado sobre tempo de permanência, objetivos da viagem e local onde ficará hospedado, mostre que você sabe seu programa de viagem. Qualquer informação desencontrada, incerteza ou excesso de nervosismo pode ser mal interpretado.
 Fila da imigração em Detroit




Sobre o aeroporto de Detroit, preciso fazer minhas considerações pessoais. O lugar é lindo e gigantesco, e disponibiliza um trem  suspenso automatizado (TRAM), que  transporta passageiros para área norte e sul do terminal.  Logo na entrada, também pode ser visto um chafariz super diferente, com jatos de água sincronizados. 


 Detroit International Airport

Se precisar usar a internet, você tem duas opções: a rede paga do aeroporto, que permite acesso gratuito por 30 minutos (Onbongo Wifspot), mediante o download do aplicativo de um dos patrocinadores ou o wifi fornecido para os clientes (ou quem estiver próximo do alcance do roteador sem fio) do Online Café, localizado na área central do aeroporto.

 Online Cafe, no Aeroporto de Detroit
 
No meu mundo aquariano, sempre houve lugar para os tablets, a tecnologia wi-fi e a comunicação em tempo real, na velocidade da luz. Para alcançar a perfeição, bastava já terem inventado o DeLorean do clássico “De Volta para o Futuro II” (que, além de usar lixo como combustível, também é capaz de alçar voo por rodovias áereas) e as cabines de teletransporte. Até lá, sejamos felizes com a capacidade de voar a 800 km/h.

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